Crustole (doce de vinho)

Finalmente, uma receita de vó de verdade, condigna do nome do blog. Mais que isso, é uma receita de bisavó. Foi postada no face por uma prima minha (com quem compartilho a tal bisavó), a Indira, que "forneceu" a foto. Fiz adaptações na receita baseado naquilo que eu cresci comendo natal sim, outro também.

Ingredientes:

Massa:

1 garrafa (700ml) de vinho tinto suave, preferencialmente bordeux, mas funciona super bem com vinho chapinha, sangue de boi, etc.

300ml de óleo de sabor bem neutro (milho, girassol, algodão, canola)

300g de açúcar

1/2 colher de chá de sal

1 kg ou pouco mais de farinha de trigo sem fermento

raspas de laranja e/ou limão siciliano (opcional)

2 paus de canela (opcional)

5 a 10 cravos da índia (opcional e a gosto)

Cobertura

1 litro de mel para passar o doce depois de pronto

Modo de fazer:

Em uma panela misture bem o vinho com o óleo, o sal, o açúcar, a canela, o cravo e as raspas de limão e/ou laranja. Leve ao fogo baixo até que abra fervura. Desligue o fogo, retire os cravos e a canela com um escumadeira e misture a farinha quase toda e misture bem. Quando a massa ficar pesada, transfira para o balcão enfarinhado e amasse um pouco. Acrescente farinha se necessário. O ponto é uma massa lisa e um pouco pesada. Não sove para que não fique muito duro, e sim quebradiço (sovar ativa o glúten que torna a massa elástica e dura depois de cozida, o que deve ser evitado. Não sovar preserva a crocância e torna a massa mais quebradiça, então misturou tá pronto).

Abra em minhocas de 2 cm de diâmetro, corte em toletes (como quem faz nhoque) e frite em óleo quente aos poucos, escorrendo em toalhas de papel.

Os toletes podem ser levemente marcados com os dentes de um garfo ou passados pelo lado de dentro de um ralador de queijo para adquirirem alguma textura antes de serem fritos, o que os tornará mais crocantes e fáceis de morder.

Aqueça o mel em uma panelinha e passe os doces já fritos e escorridos para recobri-los, escorra e transfira para uma assadeira até que esfriem. Se sobrar em, guarde para a próxima batelada, pois esse é um doce bem difícil de parar de comer e todo mundo vai sim querer mais.

Podem ser guardados fora da geladeira em um recipiente bem fechado para evitar as formigas,!!!

Algumas pessoas, como uma neta desnaturada culinariamente falando dessa bisavó, integrante do meu ramo da família, faz o doce assando os toletinhos no forno. Até funciona, mas é preciso ter bons dentes, pois fica bem mais duro que a versão frita. Se optar por assim fazê-lo, recomendo aumentar um pouco a quantidade de óleo na massa, o que acaba com qualquer vantagem que pudesse haver em assar pra diminuir a quantidade de óleo na receita.